Sobre cavalariços e caniços

Francisco Gabriel Rêgo

1/15/20241 min read

Uma história sobre cartas, soldados e uma filha que espera pelo retorno de um pai metido nos confins de uma guerra. Entre vozes, cartas e memórias, o tempo reconstrói e refaz as distâncias vividas por um país cuja história guarda as explicações mais profundas para quem somos e o que lutamos para ser.

A história do Brasil é a história de sua gente, de suas vozes e experiências, a história recontada por todos aqueles que decidiram um dia escrever uma carta para alguém. Se pudesse falar de algo marcante da escrita desse livro, diria da vontade de contar o nosso país por um outro lado.

Sempre imaginei que aquilo que buscamos contar é sempre uma pequena parte dessa complexidade pelo qual chamamos de realidade. Uma pequena ponta de algo muito maior, que sempre nos fugirá aos dedos. Contar é tentar alcançar com os dedos o impossível, fazer do passado e presente, essa matéria básica para construirmos uma realidade mágica.

Entre soldados, santos e heróis, entre a capital e o interior, memória e lembranças nos conduzem a uma Bahia interiorana, marcada por características universais: viver, sobreviver e imaginar.

Em alguns instantes, esse livro ganhará forma como as páginas de uma carta destinada a alguém. Sou capaz de ouvir também a voz de alguém ao outro lado. Todo livro é uma espécie de carta a nos contar o que queremos ouvir. Esse livro buscou contar não somente a mim, mas o nosso país, assim como cada um de nós, nesse território imaginado e sonhado sempre em conjunto.

Desejo que essa carta te alcance com a mesma alegria e esperança de quando a escrevi. Quem sabe um dia também possa receber suas cartas...